Os 10 Maiores Erros do Marketing Jurídico
1- Falar de si mesmo 100% do tempo;
Não há problema algum em falar de si, porém notamos que em muitas páginas de escritórios de advocacia e perfis de advogados, essa autopromoção ocorre de forma exagerada.
É muito chato seguir páginas ou pessoas que ficam falando de si 100% do tempo.
A impressão que dá é que o escritório ou o advogado, não se preocupam com a sua própria audiência.
A nossa recomendação é que você equilibre bem os tipos de conteúdo e se esforce ao máximo para conhecer cada vez mais a sua audiência e produzir conteúdos que sejam relevantes para o seu público.
2- Não conhecer a norma que rege a publicidade na advocacia e errar feio na comunicação e marketing;
Muitos advogados ignoram as normas e acabam fazendo besteiras. Já cansamos de ver advogados utilizando mensagens persuasivas, incentivando litígio e até divulgando consultas gratuitas.
Com as redes sociais alguns desses casos acabam até viralizando e ai a reputação do advogado ou escritório fica prejudicada.
A reputação leva muito tempo para ser construída, porém em segundos a sua reputação pode ir por água abaixo.
Então tenha muito cuidado antes de iniciar no marketing jurídico, faça a lição de casa e estude as normas ou então contrate profissionais que conhecem as normas.
3- Falar de LGPD (lei geral de proteção de dados) e não estar nem com o próprio site adequado;
Segundo o levantamento realizado pelo JUS ANALYTICS no final de 2020, mais de 73% dos escritórios de advocacia não estão adequados.
Segundo o estudo, os sites que não estão adequados, na grande maioria coletam dados ou não deixam claro se coletam dados sensíveis. Não tem política de privacidade, termos e ferramentas de privacidade.
Isso pega muito mal, você não acha?
Pregar uma coisa e fazer outra, não traz nem um pouco de credibilidade.
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4- Não produzir conteúdos de topo, meio e fundo de funil;
O funil nada mais é do que o caminho que o seu público percorre, na visão da empresa, até virar seu cliente. Quando ela vira seu cliente ele também entra em outro funil e tem que ser tratado de forma diferenciada.
O que ocorre é que para que ele entre no funil ele precisa saber que você existe. No marketing jurídico utilizamos muito a estratégia de marketing de atração (Inbound Marketing), que nada mais é do que atrair o cliente, através de conteúdos úteis e relevantes e iniciar então um relacionamento.
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Topo de Funil
Os conteúdos que chamamos de topo de funil são os conteúdos de descoberta.
São conteúdos mais óbvios que vão atrair a atenção de mais pessoas.
Um jeito de iniciar é oferecer respostas para dúvidas frequentes da seu cliente, dúvidas bem básicas mesmo.
Sempre depois de produzir os conteúdos, pense na otimização e distribuição do conteúdo.
A otimização vai ajudar a sua persona a encontrar o seu conteúdo nos mecanismos de busca e a distribuição vai fazer com que o seu conteúdo esteja presente em um ambiente que a persona está. Como nas redes sociais por exemplo.
Vale lembrar que quantidade não é qualidade, o importante é você publicar o seu conteúdo onde a sua persona está.
Para finalizar essa etapa, toda vez que você ofertar um conteúdo, deixe disponível um formulário de contato para que a persona possa se cadastrar em uma newsletter, entrar em contato ou então fazer parte de um grupo.
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Meio de Funil
Nessa etapa a pessoa já conhece você e já leu algum conteúdo que você produziu.
Então é o momento de qualificar o lead.
Ofereça mais conteúdos e tente segmentar esse lead de acordo com as necessidades dele.
Os conteúdos nessa etapa podem ser mais específicos e mais personalizdos.
O mais importante dessa etapa é que o lead tenha clareza em relação ao que ele procura e que ele tenha certeza que você pode ajudá-lo.
Quanto mais credibilidade e confiabilidade você transmitir melhor. Esses fatores são muito importantes na decisão de compra do cliente.
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Fundo de Funil
Nessa etapa o lead já está mais qualificado e se tornam oportunidade de venda.
Os conteúdos nessa etapa podem ser mais focados em gerar uma interação com o lead para a venda se concretize.
É interessante nessa etapa você se colocar no lugar do cliente e pensar como você gostaria de ser abordado nessa etapa.
É muito importante você mostrar nessa etapa disponibilidade e agilidade!
Não adianta nada fazer um excelente trabalho de produção e distribuição de conteúdo e na hora da interação, você não estar pronto para atender o seu potencial cliente.
Essa é a “hora da verdade”, então não desperdice todo o trabalho que foi feito até aqui, ok?
5- Não ter FOCO e querer ser full service com 10 advogados;
Querer abraçar o mundo e não ter foco é um problema que assombra muitos escritórios de advocacia.
Par ser full service é preciso ter porte. Não dá para ser full service com 10 advogados, concorda?
Então para escritórios menores o ideal é encontrar a sua especialidade e focar nela.
Caso contrário você nunca será referência em nada, nem como full service e nem em uma área específica.
6- Utilizar títulos nos artigos que não despertam a curiosidade do leitor;
Você já parou para reparar como são os títulos das matérias que você para no seu dia para ler?
O título precisa despertar a curiosidade do leitor.
O leitor antes de ler quer ter certeza que vai valer a pena, não é mesmo?
Mesmo que a sua persona seja um advogado/advogada é importante pensar em um título que deixe muito claro sobre o que você vai falar e que acima de tudo que desperte a curiosidade.
Textos muito longos e com termos muito técnicos costumam pecar nesse aspecto.
7- Gastar muito dinheiro com marketing de advogado para advogado e focar muito nas métricas de vaidade;
Vamos lá, se você já investiu nesse tipo de publicidade e teve resultado, tudo bem, porém se você investiu e não sabe se trouxe retorno e quanto trouxe de retorno, fique atento.
Algumas métricas que chamamos de métricas de vaidade (seguidores e curtidas), fazem bem para o ego, porém não são elas que vão trazer resultado para o seu escritório.
É preciso analisar de fato os dados que indicam a satisfação do cliente, conversão, engajamento e outros. Esses sim vão te trazer retorno.
8- Não levar em conta as necessidades e dúvidas dos clientes na hora de produzir conteúdo;
Lembre-se que marketing na sua ESSÊNCIA é identificar necessidades e propor soluções!
Na hora de elaborar o seu plano de conteúdo não se esqueça que o melhor conteúdo vai ser aquele que atende as necessidades e desejos do seu cliente.
Quais as principais dúvidas do seu cliente? O que o seu cliente precisa saber? Qual a solução para o problema dele?
Com boas perguntas você define um bom conteúdo!
9- Não ter um objetivo de marketing e uma estratégia;
Esse é um erro muito comum.
A ansiedade e o desespero leva muito as pessoas a partirem para a ação, porém sem preparação.
Falta o: “preparar, apontar, fogo”.
Não estou falando para você ficar meses elaborando um planejamento, mas precisa ter objetivo, estratégia e foco na execução.
Caso contrário a chance de não ter assertividade em suas ações é muito grande e quando você se dá conta está seguindo a manada e fazendo o que todo mundo faz e não o que de fato você precisa fazer.
O grande perigo aqui é que quando você se dedica, porém na direção errada, as chances de frustração são grandes e ai você acha que qualquer ação de marketing não vai dar resultado e desiste de tudo.
10- Tratar o marketing como uma área separada e não como uma área que deve estar integrada com os outros departamentos.
A área de marketing precisa de inputs de outras áreas para poder evoluir constantemente e ter mais assertividade em suas ações.
Afinal o cliente pode ter contato com diversas áreas da empresa. A experiência do cliente em todo os pontos de contato é o que constrói sua real percepção da marca.
“Marketing é importante demais para ser deixado para o departamento de marketing”. David Packard, fundador da HP